Tempo limite

Na Análise Comportamental Aplicada (ABA), o time-out é classificado como um procedimento de punição negativa. O reforço negativo envolve a remoção de um estímulo para diminuir um comportamento. A utilização de um time-out após a manifestação de um comportamento problemático pode reduzir a probabilidade de esse comportamento voltar a surgir no futuro.
O uso do time-out pode reduzir ou parar comportamentos problemáticos; no entanto, não mostra comportamentos adequados. Deve ser utilizado em conjunto com o ensino e o encorajamento de comportamentos adequados, ao mesmo tempo que se proporciona um reforço positivo. O reforço positivo é a adição de algo que aumenta as probabilidades de recorrência desse comportamento no futuro, como elogiar, recompensar ou permitir o acesso a brinquedos/privilégios quando ocorre o comportamento desejado (completar as tarefas).
Três tipos principais de time-outs:
- exclusão - implica retirar a criança da situação de reforço, mas não da sala ou da área de atividade. Por exemplo, mandar a criança para um canto da sala ou para uma cadeira posicionada longe da atividade em curso.
- não-exclusivo - semelhante ao tempo de exclusão, na medida em que a criança é retirada da situação de reforço durante um determinado período de tempo, mas pode continuar a observar a atividade em curso na turma.
- isolamento - uma técnica de modificação do comportamento que consiste em retirar a criança do seu ambiente de reforço para um ambiente que não ofereça qualquer incentivo ao seu comportamento.
Tempo livre para crianças com necessidades especiais
O intervalo pode dar às crianças autistas ou com atrasos de desenvolvimento um espaço seguro para se acalmarem.
Quando o TIME-OUT como técnica disciplinar não é recomendado para uma criança com autismo que:
- usar comportamentos agressivos ou autolesivos, porque isso pode reforçar o comportamento.
- evitar a interação com os outros porque estas crianças podem comportar-se mal como forma de serem mandadas para o recreio.
- (bater as mãos repetidamente, bater as mãos repetidamente) manterá ou até aumentará o comportamento.
- tende a retrair-se. Pode acabar por ser uma recompensa em vez de uma consequência negativa se der ao seu filho tempo sozinho.
Como utilizar o time-out
Em primeiro lugar, tem de decidir que tipo de comportamento justifica um desconto de tempo, como brigas, discussões ou birras. Em segundo lugar, deve tentar aplicar o castigo de forma justa e coerente. Por fim, designe um espaço para o intervalo. Nunca utilize a cama do seu filho. Certifique-se de que o tempo do "time-out" é adequado à idade da criança. O temporizador não começa a contar se a criança tiver o comportamento problemático (choro, lamúria ou birra) durante o tempo de castigo. Informe a criança do que espera dela, como, por exemplo, que mantenha as mãos para si e que fique sentada em silêncio durante um minuto.
O intervalo deve ter sempre avisos verbais antes da disciplina para permitir que a criança faça escolhas adequadas. Se o mau comportamento continuar, a criança deve ter uma explicação para o intervalo enquanto é escoltada para essa área. Até as crianças de um ano compreendem quando atingiram o limite dos pais, mas as explicações devem ser adequadas à idade.
No entanto, para que o castigo seja bem sucedido, os pais devem confirmar que os brinquedos ou actividades que a criança está a fazer são altamente preferidos. Por exemplo, se uma criança é instruída a fazer tarefas (atividade não preferida) e depois bate no irmão, o castigo não deve ser utilizado porque atrasa a realização das tarefas. Se os pais forem coerentes com este procedimento, a criança pode aumentar o número de agressões no futuro, porque aprenderá que, quando bate num irmão, pode adiar a realização da atividade não preferida.
Depois disso, tanto os pais como a criança devem tentar esquecer o incidente.
Técnicas de disciplina alternativas para crianças com autismo
As técnicas de disciplina que se seguem podem orientar todas as crianças para um comportamento adequado e afastá-las de comportamentos inadequados:
- elogios e recompensas pelo comportamento adequado comunica ao seu filho o que lhe agrada no seu comportamento
- regras claras sobre o comportamento permitem que a criança saiba o que se espera dela
- consequências positivas para comportamentos adequados
- consequências negativas para comportamentos inadequados
- modelação de competências sociais para lidar com situações desconhecidas ou difíceis



